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Sandra Fayad Bsb
Minhocário de Palavras
Meu Diário
16/06/2012 20h26
Poetas Portugueses, meus amigos em Lisboa

No final de maio de 2012, retornei a Lisboa, desta vez em companhia da Taty. Lá tive a grata satisfação de receber vários amigos da poesia portuguesa, com os quais já vinha mantendo contato há algum tempo. Da esquerda para a direita: Bento Tiago Laneiro, Edyth Teles de Meneses, Dulce Rodrigues, Ilda Camacho,Tatiana filha da Sandra Fayad, Joaquim Sustelo, Sandra Fayad, Arlete Piedade e Maria Fonseca.

Publicado por Sandra Fayad Bsb
em 16/06/2012 às 20h26
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09/05/2012 22h43
CUBA - VISITA Á CASA DE LAS AMÉRICAS

No final de abril de 2012, Mariana e eu fomos a Cuba. Ela foi participar de um Congresso Internacional de Saúde Mental Infantil. Eu aproveitei para conhecer a Casa de las Américas, a Casa de los Poetas e a União Nacional de Escritores Cubanos. Conhecemos também algumas pessoas maravilhosas, que nos receberam com muito carinho e com as quais estamos nos correspondendo: Irasema, Omar, Olga, Manuela, Yoel com esposa e filhos, Navarro, poetas e atores cubanos e equatorianos e a amiga angolana da Mari que a ajudou muito durante o Congresso.

Ficamos em Havana, no Hotel Riviera, 17º andar, vendo o Mar cristalino do Caribe batendo na calçada embaixo da nossa janela. Tudo foi muito bom. Comntarei mais sobre essa viagem oportunamente.

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29/03/2012 13h58
Meu artigo na Revista VITRUSVIUS em 2003
 

 

  • Casa gradeada no setor das quadras 700, Brasília
     
     Brasília 07 de março de 2003

    Na semana passada, fui convidada para assistir a uma reunião do Conselho de Gestão de Área de Preservação de Brasília – COMPRESB, que tem, dentre suas atribuições, a competência para avaliar se as propostas para erguer novas edificações e/ou alterar as já existentes, estão de acordo com as normas estabelecidas para o planejamento urbanístico do Distrito Federal.

    Meu comparecimento deveu-se ao fato de eu fazer parte de um grupo de moradores das Quadras 700 do Plano Piloto de Brasília, que vem reivindicando do Governo Local o direito de manter suas casas protegidas com grades de segurança, conforme foi estabelecido em Lei desde 1993. No entanto, em 2005, doze anos após a sua entrada em vigor, o judiciário entendeu que a Lei não deveria mais ser aplicada, por “vício de origem”. Nada entendo de Direito, mas informaram-me que, no caso específico, isto significa que o texto legal não valia mais, porque o projeto de Lei iniciou-se no Poder Legislativo e não no Poder Executivo. Ou seja,a idéia estava certa, mas a idéia certa não partiu da cabeça da pessoa certa, mas da cabeça da pessoa errada.

    Por esta razão, o Governo avisou aos moradores que, a partir daí, estava proibido fazer ou manter as grades de proteção das casas das Quadras 700 da Asa Norte e Sul, apesar de haver parecer da Polícia Local favorável à existência da proteção, e a despeito dos riscos de assaltos, furtos, estupros e da invasão de privacidade por parte de suspeitos que circulam na área.

    Rosária, nossa incansável líder comunitária, calma, segura e com muita boa vontade para negociar, vem reunindo-se há quase um ano com, aproximadamente, uma dezena de Setores do Governo Local, no sentido de conseguir que a Nova Lei, de iniciativa do Executivo, seja aprovada com as mesmas garantias da anterior. No emaranhado burocrático em que nos meteram e onde nada ficou resolvido, foram nos empurrando de um lado para outro, até que caímos nas mãos, ou talvez nas patas, do Conselho de Gestão, que agora vai dizer ao Governador, se podemos ou não continuar protegendo nossos lares.

    Estávamos ali, sentados nos bastidores, diante de uns vinte conselheiros engravatados, com aparência sisuda. Iniciou-se a discussão do primeiro item da pauta, que não era de nosso interesse, mas o de uma Universidade Particular do Estado do Rio de Janeiro, que adquiriu um grande terreno em uma área nobre da cidade, onde pretende construir um enorme complexo universitário, cujo projeto é de autoria do renomado arquiteto Oscar Niemeyer, responsável pela criação de Brasília, ainda trabalhando aos 98 anos de idade.

    Trata-se de uma Universidade que oferece alguns cursos do segmento de Humanas que, em Brasília, já existem aos montes. Há tantas vagas para esses cursos aqui, que até fazem piadas com algumas universidades, afirmando que o aluno estará automaticamente matriculado, se passar distraidamente diante delas ou deixar cair um documento de identidade em sua porta de entrada.

    O conselheiro relator levou cerca de trinta minutos para informar os detalhes da obra, deixando claro que o projeto estava em desacordo com as normas que o próprio Niemeyer havia estabelecido para a sua mais famosa criação. Após duas intervenções de ordem técnica por parte dos conselheiros, a proprietária da universidade foi convidada a falar. Durante uns quarenta minutos, a professora de setenta e um anos contou toda a sua história de magistério de cinqüenta e oito anos, bem como a origem e expansão do seu lucrativo negócio, culminando com a informação de que este último ficaria entre oitenta e cem milhões de reais.

    Ao sabor desta informação, dois conselheiros imediatamente pediram vistas do processo e praticamente todos os outros se puseram a manifestar suas opiniões sobre a vida de Oscar Niemeyer, a importância da qualidade do ensino universitário, os problemas sociais do país, etc. Ainda bem que uma conselheira, a mais jovem, corajosa e prudente lembrou que estavam ali para avaliar projetos arquitetônicos, e não o ensino universitário, atitude que obteve protesto da representante da Secretaria de Educação, que fora também apoiar a dona do empreendimento.

    Nós, humildes moradores das 700, mal acomodados nas cadeiras improvisadas ao fundo, sentíamo-nos desolados. Não ia dar tempo para discutir nosso caso. Como de fato não deu. Um morador, indignado com a situação enviou, através da secretária, um bilhete de protesto à Presidenta do Conselho que, apenas para dar uma satisfação ao grupo, mencionou rapidamente o motivo de estarmos ali. O relator que parece ser um voraz freqüentador de livrarias, falou durante cerca de dez minutos contra a nossa pretensão, com argumentos baseados em teorias sociológicas, sistemas perfeitos de administração pública, responsabilidades dos organismos de segurança em regimes democráticos ideais, citou vários autores e concluiu que a nossa reivindicação era descabida. Por sorte, metade dos conselheiros já havia ido acompanhar a Diretora da Universidade ou estava se preparando para as atividades após o almoço, em conversas paralelas.

    Mas, tivemos um momento de glória. A presidenta mais uma vez deu uma demonstração de democracia. Comunicou aos conselheiros ainda presentes que ia abrir uma exceção, permitindo que a Presidenta do nosso grupo dissesse algumas palavras em defesa da comunidade ali representada.

    Humildemente, nossa querida Rosário manifestou sua gratidão ao prêmio e pronunciou, quase exatamente, estas poucas e sábias palavras:

    Senhores, nós também somos contra as grades. Nós não as queremos. Queremos apenas viver em paz e em segurança em nossos lares, com as nossas famílias. 

 

 

Publicado por Sandra Fayad Bsb
em 29/03/2012 às 13h58
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29/03/2012 13h52
QUADRAS SETECENTOS DO PLANO PILOTO - BRASÍLIA

Concordo com o Clóvis. É impossível reverter a situação pelas razões expostas e também por questões de segurança. As casas da Quadra 700 do Plano Piloto, p.ex., são alvos fáceis de bandidos. Quantos casos já tivemos de assaltos e rendição de moradores, a despeito do gradeamento? Hoje moradores que vivem nessas casas desde 1960/70 são obrigados a se protegerem com grades, cercas elétricas, câmeras de segurança e ainda assim vivem assustados e completamente vulnéráveis, porque o Poder Público nunca lhes garantiu um mínimo de segurança, sem contar que não cuida do arvoredo, do gramado, das calçadas, da iluminação. As quadras 700 são literalmente abandonadas desde sempre. A esse respeito e também para reforçar a opinião do Clóvis a respeito das posições casuísticas de interesses eleitoreiros e econômicos, reporto-me a um fato ocorrido a alguns anos durante uma reunião no Conselho do Patrimônio Histórico, em brasília. Segue o link da matéria amplamente debatida por arquitetos renomados: 

 
 

 

 

Os inimigos do tombamento são poderosos
Publicado 15/03/2012 17:16
Não é difícil entender porque tanto se desrespeita o tombamento do Plano Piloto como Patrimônio Cultural da Humanidade. Basta entender como funciona o poder político no Distrito Federal. Desde 1987, são 25 anos de transgressões cometidas por empresários ávidos de lucros, com o apoio de deputados distritais e juízes, a conivência de sucessivos governos distritais e a omissão de autoridades federais.
O problema é tão velho quanto Brasília, e desrespeitos ao projeto urbanístico de Lucio Costa existem desde a inauguração da cidade. E já eram muitos na década de 1980, o que chamou a atenção do então governador José Aparecido de Oliveira que, com muito trabalho, conseguiu o reconhecimento do Plano Piloto, pela Unesco, como Patrimônio da Humanidade. Não fosse isso, as Asas Sul e Norte já teriam blocos de 20 andares, o Parque da Cidade já teria sido loteado entre as construtoras e incorporadoras.
Mas as coisas pioraram a partir de 1990, quando o governador passou a ser eleito e foi constituída a Câmara Legislativa. Quem defende a democracia defende eleições, mas é preciso reconhecer que o problema das violações ao patrimônio começa nelas. Infelizmente. A busca pelos votos a qualquer custo e o financiamento de campanhas eleitorais estão na base de praticamente todo o desrespeito ao tombamento do Plano Piloto.
 Não há governador do DF que tenha sido eleito sem a ajuda financeira de empresários da construção civil, legalmente ou pelo caixa dois. Todo mundo sabe disso e alguns empresários arrotam esse apoio sempre que têm oportunidade. O mesmo acontece com deputados distritais. E muitos deputados que não recebem dinheiro desses empresários antes da eleição, recebem durante o mandato, especialmente quando se votam questões urbanísticas. E isso não aconteceu só no governo de Arruda, não.
Por isso os empresários da construção civil de Brasília fazem o que querem: mudam normas de gabarito, constroem blocos com sétimo andar disfarçado, adensam áreas já saturadas, inventam quadras e superquadras onde elas não deveriam existir, alteram a destinação de lotes, invadem áreas públicas e assim por diante.  Conseguem aprovar leis na Câmara que são sancionadas pelos governadores, cometem irregularidades e ilegalidades sem serem incomodados por ninguém. Grandes empresários subornam altos funcionários, pequenos empresários subornam fiscais. Têm sido assim e continua sendo assim.
A livre movimentação dos empresários da construção explica, por exemplo, os espigões de Águas Claras e do Guará, a transformação das já conturbadas margens da Epia em áreas residenciais, o adensamento irresponsável na W4 e na W5, o projeto de torres na 901 Norte, os apartamentos disfarçados de hoteis na orla do Lago, o aumento do número de superquadras previstas para o Sudoeste e para o Noroeste, a quadra 500 no Eixo Monumental, o centro administrativo em Taguatinga e até o estádio de dispensáveis 70 mil lugares.
O dinheiro dos empresários traz os votos, mas não basta isso. Os candidatos precisam dos votos dos que invadiram terras públicas ou compraram terras de grileiros para construir condomínios, para aumentar a área de suas lojas, para construir quadras esportivas e piscinas em suas casas, para aumentar seus lotes e protegê-los com grades e muros. Precisam dos votos dos que impunemente deformam as quadras 700 e a Vila Planalto.
Mas a teia não para por aí. Quando o governo ou o Ministério Público agem, ou procuram agir, sempre há alguns juízes para conceder liminares protegendo as ilegalidades e irregularidades.  O tombamento do Plano Piloto tem inimigos nos três poderes e no poder principal: o econômico.  Helio Doyle http://www.meiaum.com.br/blog.php?blog=3&id=439: )
Comentários: 
Clóvis | 27.03.2012 10:27
Sr. Hélio, Se o Sr. acha que o projeto original de Brasília é tão bom e perfieto, deveria começar exigindo que se acabasem com os semáforos, as passagens diretas pelas W# sul e norte e L2 sul e norte, pelo fechamento das cidades de santa Maria, Samambaia, São Sebastião, as espansões de Ceilândia, além do setor P, etc. etc... Ah, também voltar a rodoviária interestadual para o Plano Piloto, na nossa magnífica obra prima, que corta os dois eixos da cidade, como previsto no projeto inicial, que era o grande marco da cidade, característica essencial do Plano Piloto. Ah, não esqueça de mandar demolir todos os condomínios, em especial os das colônias agrícolas Vicente Pires e Samambaia, que deveriam ser chácaras. Ah, não se esqueça de ressuscitar o Dr. Joseph Menguele, para ajustar o tamanho atual da população, ao necesáriopara acomodar os habitantes neste espaço que o Sr. julga ser o adequado. Alías, até hoje eu não entendo como nem Lúcio Costa e nem Niemeyer quiseram morar aqui. Será que eles temiam que não teriam sossego, por ter que dar autógrafos durante todos os dias de suas vidas? Ou será que ouviria reclamações? Sinceramente, eu acho o projeto do PP muito bom, mas da forma como ele foi feito, não consegue se sustentar nos dias atuais. Prova disso são as profundas alterações no trânsito, sem as quais, já estaríamos parados, há muitos anos. Compartilho com o Sr. as posições, acerca da piliticagem, da grilagem, etc. Eu moro em Brasília, desde 1978. Cheguei aqui criança. Vi o Parque da Cidade ser fundado. E logo depois ele começou a ser atalho para Asa Sul. Eu morava inicialmente no Cruzeiro Novo. Dias atrás, ao percorrer o caminho inverso (Asa Sul para Sia), me espantei com o egarrafamento detro do Parque, que ia desde a saída da 911 sul, até quase os fundos do Complexo da CPE, onde havia o antigo barzinho que vendia côcos. Incrível isso. Vi nascer a Octogonal (eu passva por lá, no matagal, quando perdia o ônibus, que passava a cada 30 minutos), o Sudoeste e outros tantos apêncides. Bem, conenhamos, há sim, tudo o que falou, e concordo em parte, por que infelizmente a corrupção é um mal generalizado, desde há muito (vamos dizer assim, desde Caim e Abel...), e em todas as scoiedades. A diferença na nossa está apenas na cara de pau, desvergonhada e escancarada. Eu defendo uma readequação de Brasília. Acho que precisamos conversar muita coisa, para evitar especulação e desvirtuação. Mas também as \"mudanças\" que custam caro, favorecem os amigos do poder, e custam caro aos moradores da cidade, seja pela perda que qualidade de vida, seja pelos impostos, seja pelo enriquecimento ilícito e até mesmo pela especulação causada pela pouca oferta e muita procura. É utopia tentar manter o projeto original, como feito em 1956 ou o tombamento, de 1986, feito, cá entre nós, por alguém sem nehuma legitimidade (em minha opinião). Concordo com a opinião de Urbanistas: \"Precisamos enxergar os valores histórico-culturais e a qualidade de vida acima de quaisquer outros...\" Este mesmo, é um dos motivos que escrevo. refiro-me, às ocupações históricas: vila Planalto, Telebrasília, Vila Rizzo, Mansões atrás do Iate Clube, às chácaras perto da Caesb, do Jaburú, do Torto, e tantas outras que nem conheço. Todas foram criadas antes mesmo da inauguração de Brasília, ou nos primeiros anos dela. Precisamos nos lembrar, que o governo incentivava a chegada aqui, até mesmo doando terrenos e mesmo apartamentos e casas funcionais. Assim nasceram, o Guará, Cruzeiro, Taguatinga, Ceilândia... Nessa época, a constituição era diferente, e não vedava por exemplo, o usucapião em terras públicas. Se os ocupantes dessas áreas tivessem requerido esse direito, antes de outubro de 1988, certamente teriam obtido êxito. Desde 1986, até hoje, muita coisa mudou. Principalmente, que Brasília foi um sucesso, até demais... Agora, entendo que a revisão do plano de ocupação, deve ocorrer de forma transparente, com debate sério, e assegurando a justiça, a quem ajudou esta cidade a nascer e se transformar nesse sucesso. Nada de mandar para longe, os ocupantes históricos e seus descendentes. Até por que eles bem poderiam ter aceitado ir para Guarà, Taguatinga, etc. Querer fazer isso agora, é abrir as portas para a especulação futura. estes, são em minha opinião, os únicos que verdadeiramente preservaram Brasília, mesmo que a sociedade os considerassem invasores de áreas públicas. Alías, o tema \"áreas públicas é be controverso\", e de acordo com o Novo Código Civil, os imóveis da Terracap não se enquadram mais como públicos, mas isso é outra história. Precisamos ser práticos, ponderados, objetivos, honestos e principalmente realistas. Veja: \"A Brasília real que queremos\" em http://www.facebook.com/ABrasiliaQueQueremos

Alexandre Duarte de Lacerda | 24.03.2012 00:49
Perfeito. A omissão nossa de ver o errado e nada fazer p o combater contribui. É preciso mobilização, um grande movimento contra o avilte às normas de postura! Um mau exemplo que salta aos olhos é o que recentemente ocorre no Gilberto Salomão Salomão: os lojistas invadiram a calçada frontal, só o Bier Fass mantevisse recuado. O que fazer? Começar uma campanha p que os lojistas recuem suas lojas, e assim sucessivamente. Ocorrido o desrespeito, as invasões, grilagens, etc: vamos combater. O movimento pode ter um nome: BRASÍLIA SEM PIRATAS!

Isabella | 17.03.2012 10:03
Obrigada, Hélio, pela honestidade. Abraço

FREDERICO FLÓSCULO PINHEIRO BARRETO | 16.03.2012 11:00
Excelente texto: objetivo, espelhando a terrível realidade do ataque especulativo sobre Brasília, envolvendo a longa série de governos corruptos com relação à ordem urbana e territorial. Brasília está sob ataque, e permanecerá assim até que instrumentos de cidadania prevaleçam: leis e planos que empoderem a população que defende sua concepção de cidade-parque.

Ione | 16.03.2012 10:44
Perfeito o entendimento. Essa é a nossa luta como pessoas preocupadas com a preservação da memória do nosso país. Coloquei um link dessa postagem no meu blog a respeito do mesmo assunto. http://architetandoverde.blogspot.com/

Urbanistas | 16.03.2012 10:31
Texto brilhante e corajoso! A luta dos que defendem Brasília é, acima de tudo, contra o poder econômico e a especulação voraz que está sempre a postos para a devastação e para em seguida buscar um novo alvo. É contra isso que Brasília tenta resistir e se manter. A população precisa urgentemente enxergar que essa destruição é vendida de forma demagógica com muitos nomes como modernidade e progresso e que ao poder econômico importa a manipulação da opinião pública contra o tombamento. Precisamos enxergar os valores histórico-culturais e a qualidade de vida acima de quaisquer outros, bem como termos orgulho de vivermos em Brasília e de defendê-la.

 

Publicado por Sandra Fayad Bsb
em 29/03/2012 às 13h52
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25/03/2012 16h26
PORTO SEGURO (BA) - Brasil

Uma cidade, uma restinga, uma BR, rio e mar. Lá fora a ilha. A história mal contada, mal explorada, a preservação  do patrimônio cobrado, fiscalizado, exigido. Mas burlado. Os nativos contados nos dedos. Serviços e produtos voltados basicamente para a exploração DO TURISTA . Paisagem linda, mas comprometida. Falta higiene na maioria dos locais onde se dorme e se come, faltam organização, tabela de preços, preocupação com o futuro da história passada. Ninguém sabe ao certo se foi aqui ou ali que se deu tal ou qual fato.Supõe-se!

Jamais farão uma ponte ligando a aldeia à cidade. Os 300 metros de travessia de barco geram estrondosa renda para políticos e empresários, que exploram hotéis, restaurantes, barracas. O que não é de uma certa empresa de turismo, é conveniado. Transporte público fraco, taxi sem taxímentros. Preço da corrida de acordo com a cara do freguês. Vi um turista estrangeiro protestar: "Paguei R$15,00 para vir até aqui há 30 minutos. Você quer me cobrar R$36,00 para voltar. Isto não está certo!". Ao que o motorista, apoiado por seus companheiros respondeu: " O preço aumentou!".

"Agora"? perguntou o turista. "Sim, agora, neste instante".

No hotel onde nos hospedamos, bem localizado, ajardinado, elegante, de frente para a praia  principal, apareceu uma barata caminhando no quarto, moscas pousavam nos bolos e biscoitos nos balcões do café da manhã todos os dias. Os turistas torciam o nariz e comentavam: "Que sujeira"!

Lá  - dizem que em todos os hotéis - é proibido comprar comida e bebida fora do hotel, sob pena de haver multas e acréscimos nas diárias. O hóspede tem que pagar todas as diárias previstas antecipadamente. Doze horas antes de encerrar o período, o sistema eletrônico cancela o código da chave de acesso ao apartamento e o sinal da Tv, que não é a cabo. É necessário ir à recepção reclamar. O sinal da internet é ruim. É necessário ir até a recepção com o equipamento para conseguir conectar.

São prejudicadas as atividades culturais como cinema, teatro, biblioteca pública. Praticamente não há. A única universidade existente não possui infraestrutura de acesso até mesmo à pé. Os alunos tem que atravessar trechos de matagal, areia, barro vermelho e alagamentos para chegar e sair do prédio, encravado em uma rua distante do centro.

Conheci uma voluntária cuidando da Biblioteca particular João Ubaldo Ribeiro e dos projetos da Universidade, que me emocionou. Ela se desdobra para realizar algum dos seus ideais de difusão cultural, sem apoio institucional e sem recursos de qualquer origem.

 

Este foi o Porto Seguro que vi.

Bsb, 25-03-2012

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em 25/03/2012 às 16h26
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