O poeta Pedro Paulo Marra lançou um Projeto intitulado Poesia na Casca. Consiste em escolher locais estratégicos em que ele considera elegíveis pelos cuidados com a natureza. Ali ele homenageia os empreendedores fixando com as próprias mãos um Poster poético artesanal que fabrica de forma personalizada. À EPOCA ESCREVI: "Pedro Paulo Marra e sua namorada, Samare Campos, lançaram-se em um projeto cultural muito interessante nas ruas de Brasília e do DF. Trata-se do “Poesia na Casca”. Eles escrevem o poema, preparam um post impermeável temático, escolhem uma árvore e amarram literalmente o poema na árvore com barbantes. Recentemente, adicionaram ao projeto um concurso para que as pessoas adivinhassem em bairro da cidade havia sido colocado o poema. Eu arrisquei o palpite “Asa Norte” e acertei. Então meu prêmio foi receber a deliciosa visita deles com um poema previamente escolhido por mim, que está agora exposto na Horta Comunitária na frente da minha casa, conforme vocês podem ver nessas fotos. Além disso, ganhei a oportunidade de conhecer pessoalmente esses dois pioneiros já famosos na mídia local, abraços, declamação do poema pelo autor, fotos e a promessa de novos encontros."
O prêmio pela participação consiste em publicação da poesia na Antologia em cinco idiomas - Português, Francês, Inglês, Espanhol e Italiano, além da gravação em DVD que acompanhará o livro + menção. Poesia: A HORTA, de Sandra Fayad, formatação de Mariana Franzoi.
Luiz Martins, jornalista, professor da UNB, editor do Jornal Parada Cultural, publicou a poesia "Ramificações", em homenagem à poetisa Sandra Fayad.
alquimias
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Ramificações
Luiz Martins da Silva
(para Sandra Fayad)
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Creio seguir mutações
De inspirações vegetais.
São alquimias transgênicas
De gerações digitais.
Pois estou ramificando
Brotos, cachos, flores, galhos;
E até humores fluindo
Das raízes até o orvalho.
Pois nem sei ainda a forma,
Se rasteira ou copadora,
Também não é certa a idéia
De espinho a causar dores.
Mas tento entender a origem,
Tamanha a metamorfose,
De humanizar-me em ramagens
Que me pulsam em novos gozos.
E para viver nesse mundo,
De pássaros por testemunha,
Desdobro em ramos meus dedos;
Enrolo em gavinhas as unhas.
Já ensaio as conivências,
(Segredos da Terra e do Céu)
Detalhes da nova imanência
Que aprende das abelhas o mel.
Mas porém se me antevejo
Com semblante de outro reino,
Saibam: o coração é o mesmo,
O sangue é que virou seiva.
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Postado por Usha Velasco às 16:23
Marcadores: Auto-retratos, Poemas
1 comentários:
sandra fayad disse...
Obrigada, Luiz.
Se sou merecedora de tão bela poesia, realmente não sei. Sei que você é muito generoso, genial e daqueles amigos que nos enchem de orgulho e admiração.
Beijos
5 de agosto de 2010 15:21
