Quando eu escrevi o livro As Viagens de Oliva pensei em levá-lo ao Projeto Tamar para avaliação e, quem sabe, comercialização em suas lojinhas.
Durante a pesquisa em Pirambu, uma das bases atuantes do Projeto à época, tive a oportunidade única de conversar com um Tartarugueiro. Ouvi dele relatos emocionantes sobre o monitoramento dos ovos e das tartarugas recém nascidas. Hoje, quem tem a oportunidade de ir a uma das poucas praias que fazem a soltura dos filhotes, não imagina o quanto é delicado o trabalho dos tartarugueiros.
Bem diferente da delicadeza desse trabalho é o trabalho dos vendedores das lojinhas. Estes estão sempre ocupados com os resultados financeiros e nos dão pouca atenção. Mesmo assim, fiz a primeira tentativa de apresentar o livro a uma responsável pelas aquisições de produtos para revenda, na Bahia. A conversa foi curta e ela me disse que ia levar o livro para análise técnica do conteúdo. Depois de muita insistência, obtive uma resposta vaga: " acham que há algumas inconsistências no texto". Em outra oportunidade levei o livrinho à diretora da lojinha de Aracaju, que ficou encantada com o texto e as imagens e prometeu propor a aquisição da obra. Após várias tentativas, desisti, porque não obtive o retorno. Um dia, na lojinha do Aeroporto de João Pessoa, deparei-me com um livrinho bem parecido com o meu: As Aventuras de Oliva. Aquilo me deixou "cabreira". Será que plagiaram minha ideia? Por último eu estava novamente na Bahia com um exemplar do livro em Língua Espanhola. Sim, eu havia conseguido a tradução gratuita com uns amigos. Deixei lá com um dos apresentadores do Projeto, sem qualquer ´propósito. Minha filha conversou com ele sobre a obra e retornamos. Qual não foi minha surpresa, quando recebi uma mensagem de uma pessoa identificada como Virgínia Esgalha, da direção do Projeto Tamar. Ela pedia para eu enviar um exemplar com a versão em Português para avaliação de compra. Lá fui eu aos correios enviar a encomenda duplicada e registrada em nome do Projeto Tamar e aos seus cuidados como recomendou. Pensei: agora vai!
Que nada. Não consigo que o telefone dela me atenda ou receba mensagens. Tentei ligar para o telefone institucional. Não consegui falar. Procurei por seu nome nas redes sociais e nada. A pessoa simplesmente desapareceu. Mas vou continuar buscando uma explicação. Por sorte, meus livros estão todos registrados no Escritório do Direito Autoral (EAD), diretamente no Rio de Janeiro.
Bsb, 17/03/2025