A natureza é, de fato, perfeita. No inverno do cerrado, torna-se evidente.
Impressionam e me emocionam os Ipês, que têm o cuidado de premiar os humanos, muitas vezes desatentos no modo de olhar. O s ipês possuem características físicas que nos permitem transitar sob sua beleza, ou ali posar para fotos, como se portássemos um grande chapéu florido. No final da floração, são ainda capazes de transformar o piso duro do chão ou do asfalto em uma banheira coberta de flores perfumadas, onde mergulhamos nossos pés cansados da aspereza do inverno seco do cerrado brasileiro.
Enchem-me os olhos e o coração as demais flores, como a Hortênsia e a Azaleia, o manacá, e as benfazejas Lobeira, Cipó de São João, as delicadas florzinhas azuis do Melão de São Caetano e multicores da Capuchinha.
É um desfilar de cores, perfumes e sabores que alimentam e amenizam o calor do meio dia e frio da madrugada.