Textos
Episódio 15 - Minha vida em Brasília
Não há nada melhor nesta vida do que a mãe da gente. Ao chegar do hospital com a minha filha, lá estava ela com tudo preparado para nos receber. Um carinho e uma dedicação indescritíveis para comigo e para com a primeira neta. Papai também, com aquele jeitão rude de trabalhador braçal, se derretia em lágrimas A criança não podia chorar que ele logo dizia: "É fome! Deem de comer à menina". Tudo ia muito bem, mas havia chegado a hora dos avós voltarem para o interior. Meus irmãos esperavam. O Natal estava muito próximo. Então aproveitei o último dia da presença deles em casa para irmos fazer umas comprinhas. Na W3 havia a Papelaria Arco Íris, de um casal de meia idade. Paramos ali para comprar cartões de Natal. Naquela época era costume que o o presente fosse acompanhado de um cartão natalino, escrito à mão. A dona da papelaria soube que eu havia tido bebê há poucos dias e zangou comigo. "Menina, você devia estar guardando o resguardo. Não pode fazer isto". Depois me chamou a um canto e, falando baixinho, me ensinou a fazer a "tabelinha" para não engravidar novamente. Saí dali confiante e agradecida.
Sandra Fayad Bsb
Enviado por Sandra Fayad Bsb em 24/04/2019
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