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AMOR NO FOSSOAMOR NO FOSSO
(*)Poema Síntipo XXI
Quão triste é a separação plantada entre a gente!
Inseticida n’alma e, no corpo, corrosivo-solvente.
Trepidam as mãos, some meu olhar no labirinto,
Eram menos trôpegos os pés que já nem sinto.
Nada teria - não fosse o amor pela poesia.
Não sei se me embriago com lágrimas ou absinto,
Não sei se engulo o choro ou teu orgulho faminto.
Adio tudo o que ontem era energia, ético, urgente.
Nem me importo se alguém mente ou desmente.
A alegria evadiu-se, escorreu pelo esgoto.
Bsb, 22 de agosto de 2010
(*) Forma poética criada pelo poeta português Fernando Oliveira, o Ferool: "...o poema síntipo é composto, de: um título, mais duas quadras e um verso para arrematar, que deve rimar com o título, assim como um verso solto que não rime com o tema, mas que lhe siga os contornos. As duas quadras devem rimar: a primeira em decrescendo e, a segunda em crescendo, os versos rimados devem ter a mesma energia fónica, de preferência com rimas ricas. O verso solto sem rima prefigura a base do poema, quando este é escrito numa folha e esta é dobrada em duas partes, verificarão que todos os versos casam perfeitamente em termos de rimaria. ..”
Sandra Fayad Bsb
Enviado por Sandra Fayad Bsb em 22/08/2010
Alterado em 14/09/2017
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