Não pensa... Vem!
Já não me serve ser paciente.
Se receias envolver-te
nas labaredas do fogo ardente
alimentado pelo meu amor eterno
Não temas - sou tocha olímpica
Atravesso deserto no inverno
Em maratona ímpar
inscrita nos céus
A pulverizar chamas do inferno
onde vivo sem poder tocar-te.
Ergue-te desse momento apaixonante
Apanha teu bastão, veste teu terno
Fecha a porta e sai ofegante
Em busca de mim,
sem olhar para trás.
Espelha nosso destino
no brilho do sol
Mostra ao Cruzeiro do Sul
que és capaz de encontrar-me
antes que o luar desponte
Espero-te sob seda perfumada
de lençol cintilante
Onde faremos múltiplo transplante
de corpos e mentes
perfeitamente