POEMA SINTIPO XV
CIDADE CULTURAL
Só quem vive em Brasília é que sente
A leveza da sua história recente.
Quem ama esta cidade é que conhece
Manhãs enluaradas, ventos em prece.
Chapéu candango é azul estrelado.
Quem vive em Brasília sobe; e se desce,
Não escorrega; segue reto sem estresse.
Sabe que Caliandra e Lobo-Guará são gente
E que o povo pacato, no entanto, é exigente.
Elogie! Boas vindas brasiliense é condicional.
(*) Forma poética criada pelo poeta português Fernando Oliveira, o Ferool: "...o poema síntipo é composto, de: um título, mais duas quadras e um verso para arrematar, que deve rimar com o título, assim como um verso solto que não rime com o tema, mas que lhe siga os contornos. As duas quadras devem rimar: a primeira em decrescendo e, a segunda em crescendo, os versos rimados devem ter a mesma energia fónica, de preferência com rimas ricas. O verso solto sem rima prefigura a base do poema, quando este é escrito numa folha e esta é dobrada em duas partes, verificarão que todos os versos casam perfeitamente em termos de rimaria. ..”