Horta comunitária na 712 Norte é exemplo de como se preservar o verde
ÍNTEGRA DA MATÉRIA PUBLICADA NO CORREIO BRASILIENSE DE 26/04/2011 SOBRE O NOSSO TRABALHO AMBIENTALISTA E SOCIAL.
postado em 26/04/2011 08:00 / atualizado em 26/04/2011 00:47
Noelle Oliveira
Sandra Fayad em meio ao mundo verde que criou na área urbana: "microambiente rural de qualidade e iniciativa ecologicamente correta"
Em meio ao concreto característico do Plano Piloto, passar em frente a uma horta onde deveria existir o calçamento de uma casa, na 712 Norte, parece uma situação inusitada. As plantas ornamentais colaboram para garantir a sombra na calçada em um dia ensolarado, enquanto o cheiro de terra molhada indica que a pequena plantação foi regada há pouco. Trata-se de uma horta comunitária criada, em 2005, por uma ex-funcionária pública aposentada e que hoje ocupa toda a calçada em frente à sua residência. Entre ervas medicinais, aromáticas e exemplares de plantas ornamentais, placas identificam cada uma das 88 espécies que podem ser encontradas ali. “Também temos um total de 19 espécies de animais silvestres livres que habitam a horta, como lagartixas e pássaros”, conta a idealizadora do projeto, Sandra Fayad.
Junto das mudas, a aposentada cultiva uma velha paixão: a proximidade com a natureza. Sandra nasceu em Catalão (GO) e foi criada em fazendas. Quanto precisou vender a chácara que tinha no Lago Oeste, devido a problemas familiares, a economista preservou as 60 espécies de ervas medicinais que ali existiam e posteriormente transferiu-as para sua horta. “Antes, o nosso espaço tomava também outras calçadas, mas, devido a alguns desentendimentos com vizinhos que não apoiaram a ideia, acabei restringindo o espaço apenas para a frente da minha garagem”, conta, com tristeza. Parte da horta chegou a ser destruída, em 2009, durante uma ação de vandalismo.
Utilidade
O clima na quadra, no entanto, é de admiração pelo espaço verde. Tanto que Sandra já possui mais de 200 pessoas cadastradas na associação que criou, a Amigos da horta. Os interessados se inscrevem e entregam as fichas na caixa de correio da casa de Sandra. “Recebo muitos elogios e isso é bom, incentiva o nosso trabalho”, destacou. Por mês, cerca de 150 pessoas procuram a proprietária da casa em busca de ervas medicinais ou mudas. “Não vendo nada. Às vezes, o que as pessoas querem é apenas tirar algumas dúvidas.”
Muitos dos que procuram a aposentada, no entanto, têm outra demanda: querem doar espécies. “Esses dias mesmo eu recebi três samambaias e vou cuidar delas para que se recuperem, pois estão acabadinhas.” Moradora da 710 Norte, Ana Elisa Andrade, 26 anos, afirma que sempre admirou a horta e que as ervas medicinais da quadra foram de grande ajuda. “Uma vez foi lá que busquei um pouquinho de camomila para um chá calmante. Creio que faltam iniciativas como essa na cidade. Certamente teríamos um ambiente mais saudável”, avalia a publicitária.
Todas as plantas cultivadas recebem etiquetas de identificação
Cultivo orgânico
As ervas medicinais encontradas na horta comunitária são usadas em infusões para vários tipos de mal-estar. O alecrim combate a dor de cabeça. O capim-santo é utilizado para tratar cólicas intestinais, enquanto o chá de manjericão ajuda quem sofre de insônia. As folhas de eucalipto combatem febre e dores reumáticas. Já as sementes de funcho são utilizadas no combate a gases e cólicas. Alecrim-do-campo serve no tratamento de reumatismo, bronquite e má digestão, enquanto a tensão e o estresse são combatidos com chá de folhas de alfazema.
O segredo para manter tudo verde e florido na horta, segundo Sandra, é o cuidado constante. “Não tenho muito trabalho, já que toda a parte de irrigação é automática. No mais, acho que tenho uma interação muito boa com as plantas, converso com elas. Quando vou viajar, preparo tudo, coloco adubo, para quando chegar poder encontrá-las bem”, revela.
Além das plantas, sob a mangueira que garante sombra a parte dos seis canteiros de tijolos utilizados como jardineiras e ao redor de seu tronco, foram instaladas três manilhas de um metro de diâmetro. Ali se produz húmus, uma espécie de adubo. Para tanto, são utilizadas as sobras orgânicas da residência de Sandra e de alguns vizinhos. “Temos, em área urbana, um microambiente rural de qualidade. Além disso, a iniciativa é ecologicamente correta”, destaca a idealizadora.
Nutrientes
Húmus ou humo é a matéria orgânica depositada no solo, resultante da decomposição de animais e plantas mortas. O processo de formação do húmus é chamado humificação e pode ser natural, quando produzido espontaneamente por bactérias e fungos do solo; ou artificial, quando o homem induz a produção, em um solo pouco produtivo. Na formação do húmus há liberação de diversos nutrientes, principalmente o nitrogênio.
Tags:
Banco dos bancos
Criado em 31 de março de 1965, o Banco Central do Brasil é a autarquia federal responsável por assegurar o poder de compra da moeda e um sistema financeiro sólido e eficiente. A instituição atuou na organização e na estabilização da economia brasileira, com a criação do real, em 1994, que tirou o país de um período de hiperinflação e de sucessivas mudanças de padrão monetário (entre 1986 e 1994 foram seis, por exemplo).Antes da criação do Banco Central, o papel de autoridade monetária era desempenhado pela Superintendência da Moeda e do Crédito (Sumoc), pelo Banco do Brasil (BB) e pelo Tesouro Nacional. Após a criação do BC, buscou-se dotar a instituição de mecanismos voltados para o desempenho do papel de "banco dos bancos". Em 1985 foi promovido o reordenamento financeiro governamental com a separação das contas e das funções do Banco Central, Banco do Brasil e Tesouro Nacional. E em 1988 a nova Constituição Federal da República conferiu ao BC o exercício exclusivo da competência da União de emissão da moeda.
Fonte: Jornal Conexão Real, de 03/04/2017, Edição 396 ( BACEN)
Catalão, Goiás. Nossa terrinha, nossa história.
ANOS DOURADOS
Sandra Fayad
Pensa nas portas que se abriam
Das tardes roqueiras, que emocionavam,
Nas mãos que, carinhosas, se estendiam,
Nas vozes que alegremente cantavam
Lindas canções de amor.
Lembra do disco na vitrola a tocar,
Das risadas ecoando pela região,
Das noites nas festas a embalar
O amanhecer renovado,
Ao nascimento de uma nova paixão.
Recorda a beleza a te provocar
Nas cores das fitas e batons.
Os amigos, aos poucos, chegando...
Eufóricos, sob a palidez do luar,
Para suas aventuras descortinar.
Dourados de sol eram todos os dias
Refletidos nas cabeças amonizadas,
Em calcinhas cor de mini-saias,
No trançado de meias-rendadas,
Em palcos e telas, aplausos e vaias.
Dourado era o futuro incerto
Que muita coragem exigia,
Para dobrar esquinas, quebrar elos,
Mas que, nem de longe nem de perto,
Nenhum desafio temia.
15/06/1984
http://www.sandrafayad.prosaeverso.net/
Apresentação de João Bosco, Toquinho e Joyce no Centro de Convenções em Brasília em companhia das minhas meninas amadas, filha e neta. Todas fãs do Tom.
Nós, autores independentes vamos escrevendo. ..escrevendo...às vezes ficamos desanimados e pensamos em.desistir. Mas, de repente, sem esperar, surge uma injeção de ânimo. E foi isto o que aconteceu agora, quando eu soube que uma Escola tradicional e muito respeitada na Asa Norte decidiu determinar que seus alunos do 4. Ano adquirissem o meu livro infanto-juvenil, As Viagens de Oliva, para ser trabalhado em seu projeto de leitura obrigatória durante o ano de 2017. O detalhe é que tive que me movimentar atrás dos exemplares que ainda restam da 1a. Edição para atender à Escola. Muito contente, claro!