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Sandra Fayad Bsb
Minhocário de Palavras
Meu Diário
10/08/2020 16h09
ABRALI- 4 POEMA CELSO

Agonia da Rosa

 

Mulher, sofres em companhia

De quem não sabe te amar?

De quem não conhece a poesia

Que há no depois de se dar?

 

Mulher, sofres o desprezo

Após transvestires em objeto?

Depois de, com tanto enlevo,

Doares teu ser por completo?

 

Pseudo companheiro saciado,

Não vês que depois continua

Pulsando o carinho calado

Nas veias daquela ainda nua!?

 

Onde estarão os lindos versos

Escritos em tempos de outrora?

Estrofes mostravam o inverso

Do que tu te mostras agora.

 

Por que te viras e finges

Não ter o afago, a magia?

Perdeste o ensejo sublime

De transformares em poesia.

 

Exiges daquela, que usurpas,

Prazeres para ti somente.

Assim, tu não amas! Estupras!

Violência... coração demente.

 

Mulher, que choras à mingua

Na morte da doce ilusão,

Perdoa esse ser que ainda

Não sabe o que é paixão.

 

SENHOR! Perdoa os brutos

Que ainda não sabem amar!

Tua bela criação sofre o luto

Na morte do verbo sonhar.

 

Mulher... criação divina!

Vem meu peito regar

Com lágrimas de tua sina.

Quero te consolar!

 

Declamo meus versos e prosas

Para teu peito ferido.

Permita-me enchê-lo de rosas!

Curar-te o coração combalido.

 

Celso Brasil ©

06/Nov/2002

Publicado por Sandra Fayad Bsb
em 10/08/2020 às 16h09
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