MINHAS ÚLTIMAS ENTREVISTAS

TV CÂMARA  (PARTE I)

No início de maio de 2011, recebi um e-mail do Raphael do Núcleo de Documentário da TV Câmara, consultando sobre a possibilidade de ceder uma entrevista a respeito da Horta Comunitária no próprio ambiente onde ela se situa. Eles pretendem inserir a matéria no Interprograma Corrente Cidadã, a ser divulgado em breve. Explicou que se tratava de promover a aproximação e o encontro entre um parlamentar da Câmara e um eleitor, desde que afinados na linha de atuação.

CORREIO BRASILIENSE

Dias antes, em 27-04-2011, o Correio Brasiliense havia publicado uma reportagem de página inteira com foto, que fora gravada também dentro da horta. A matéria me agradou bastante porque além de relatar sobre as atividades desenvolvidas, contou um pouco da história da construção do espaço e até da triste experiência provocada pelo ato de vandalismo praticado por meu vizinho.

REDE GLOBO

Antes da publicação da matéria, a Rede Globo (Bom dia, DF ) também passou a tarde gravando e realizando entrevistas na porta da minha casa sobre a atividade de compostagem e utilização de húmus na horta. A sugestão para a matéria havia sido da Raphaela, que trabalhara no “Conexão Real” do BACEN e que já havia estado comigo quando da reportagem publicada no primeiro número daquele Jornal, em 2009. Agora ela fora contratada pela Globo e se lembrou de mim para mostrar aos novos chefes um trabalho diferenciado.

TV SUPREN

Quando Raphael e depois João,  da TV Câmara, me contataram eu já estava cansada de tantas matérias, porque além das que acabo de citar, nesse mesmo período, fui ainda convidada para outra entrevista ao vivo na TV SUPREN, da ONG União Planetária, estúdio onde compareci para falar da horta e do meu livro Animais que Plantam Gente.  A ONG funciona em uma casa tipo “ponta de picolé” no Lago Norte. Observei que lá circulavam muitas pessoas do nosso País e de outras origens. As pessoas estavam espalhadas pela casa e praticamente não se falavam. Tive a impressão de estar em um recinto meio misterioso. O ambiente, embora silencioso, parecia-me tenso, por mais que as moças tentassem ser simpáticas. Levaram-me para o estúdio, gravaram a entrevista em poucos minutos e depois me senti descartada. Haviam me convidado para o almoço vegetariano, que ia ser servido ao meio dia e meia. No entanto, o dono da casa, Dr. Ulisses Riedel, chegou nesse horário com algumas pessoas. Foram direto para o estúdio, em meio a uma certa movimentação dos presentes. Eu via que as cozinheiras preparavam as mesas para a refeição, que acabou sendo servida por volta das 13:30h. Bem feito para mim. Já poderia estar em casa há muito tempo.

Como eu era uma das convidadas, apresentaram-me ao Dr. Riedel e mandaram-me sentar à mesa principal. Durante o almoço o dono da casa parecia muito à vontade perante seus convidados: o major do Exército, o Diretor do Parque da Cidade e mais dois senhores que não consegui identificar. Percebi que todos eram novatos no ambiente e me senti mais a vontade. Curiosos, quiseram saber  sobre mim, a única mulher participante da mesa. Contei-lhe apenas que era poeta e horticultora. Ouvi os relatos do Diretor do Parque sobre as algazarras noturnas no local,  o Dr. Riedel pediu para que víssemos seu filme institucional, que já haviam me mostrado enquanto aguardava para o almoço.  Ao retirar-me da mesa de refeição, percebi que toda aquela gente que estava espalhada ou circulando pela casa, agora também comia da generosa refeição (auto-serviço), em pequenos grupos, no mais completo silêncio.

Enfim, no espaço de quinze dias fui chamada para entrevista quatro vezes, cada qual focando a reportagem no mesmo ponto ou em assunto correlato com a história da horta.

Aceitei todos os convites. No entanto, até agora somente o Correio Brasiliense ofereceu o resultado do seu trabalho aos leitores.

Raphaela e Lia Tavares (Rede Globo e TV Supren, respectivamente) há quase um mês informam que a reportagem vai sair a qualquer momento, mas não podem fazer uma estimativa de quando será. Devo aguardar que elas vão me avisar por telefone.

TV CÂMARA (PARTE II)

No dia 16-05, segunda-feira, foi gravada a minha entrevista na horta. Muito tranquila. O pessoal bem leve, suave, simpático. Depois disso, gravaram a entrevista com o Deputado Bohn Gass (PT-RS), mas nem ele nem eu tivemos acesso à gravação um do outro. Em 26-05 concluímos a programação traçada pela TV. O Deputado e eu fomos conduzidos à rampa de acesso à Câmara e apresentados um ao outro. Conversamos bastante sobre agricultura, percebemos afinidades de atuação e experiência pessoal na área. Juntamente com seu assessor, que é também agricultor, ele se declarou desgostoso por não ter a oportunidade de estar diariamente em uma horta, já que fica entre Brasília e sua cidade natal, Santo Cristo (RS), toda semana. Combinamos que eles conhecerão o nosso espaço em breve. Entreguei-lhe o relatório sobre o que já obtivemos de resultados e sobre o que pretendemos fazer daqui para frente. Dediquei-lhe também um exemplar do meu “Animais que Plantam Gente”. Além do seu Assessor, estavam presentes no encontro o cinegrafista, os repórteres João e  Raphael, da TV Câmara,  e Israel, meu escudeiro sempre prestativo, que tirou as fotos.  Esperamos que o Deputado Bohn Gass compreenda bem nossa ideia e dela participe efetivamente, propondo a aprovação de um projeto de aproveitamento de pequenas áreas urbanas para cultivo orgânico, onde couber, naturalmente premiando com descontos de impostos a todos os que cumprirem com o compromisso, sem burocracia e sem atravessadores.

É um “sonho meu... sonho meu... sonho meu”....