BRASÍLIA ADOENTADA
(*) Poema Síntipo XVIII
Seguias altiva, viçosa; ficaste cabisbaixa.
Rica andavas até que arrobaram teu caixa;
Conjugaram bilhares de verbas irregulares
Nas negociatas às mesas dos finos jantares.
Estudantes e trabalhadores bradam, protestam.
Soluçam teus filhos para que os ampares
Da desesperança que lhes invade os lares,
Do atropelo ao pedestre que respeita a faixa ,
Do olhar vesgo do mundo que a ti rebaixa.
Na cabeça recebemos uma dura jacada.
(*) Forma poética criada pelo poeta português Fernando Oliveira, o Ferool: "...o poema síntipo é composto, de: um título, mais duas quadras e um verso para arrematar, que deve rimar com o título, assim como um verso solto que não rime com o tema, mas que lhe siga os contornos. As duas quadras devem rimar: a primeira em decrescendo e, a segunda em crescendo, os versos rimados devem ter a mesma energia fónica, de preferência com rimas ricas. O verso solto sem rima prefigura a base do poema, quando este é escrito numa folha e esta é dobrada em duas partes, verificarão que todos os versos casam perfeitamente em termos de rimaria. ..”
Publicado por Sandra Fayad Bsb
em 01/12/2009 às 19h34
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